Gerenciar uma empresa e fazê-la líder de mercado baseia-se muito em gerenciar o conhecimento e usá-lo para a tomada de decisão. Este conhecimento é obtido através de vários meios, como contato direto entre os funcionários de base, os gerentes e os diretores, através de ambientes de compartilhamento de informações, e também através de aplicativos especialistas de controle.
O uso de diversos aplicativos especialistas para se realizar o gerenciamento de áreas se tornou algo comum dentro das empresas. Extrai-se de cada área o máximo rendimento dos funcionários através destes aplicativos que agilizam processos e operações diárias, reduzindo custos além de tudo.
Outro meio utilizado para minimizar custos, além de manter o foco e facilitar operações, é a criação de parcerias. Parceiros comerciais ajudam a diminuir o escopo de operações, como o processo de montagem e venda de um produto por exemplo. Existindo parcerias com fornecedores, transportadoras e bancos, uma empresa reduz o investimento direto com busca de matéria prima, entrega e pagamentos. Entretanto, cada empresa parceira também utiliza diferentes recursos para controle, como seus próprios aplicativos especialistas. E para se manterem atualizadas, necessitam se comunicar, seja através de telefone, fax, ou utilizando-se de arquivos de dados do meio digital, integrando seus dados a fim de manter informações completas.
Estas parcerias entre empresas deram origem à um novo conceito na área de gerenciamento de negócios. Fachinello e Cunha (2004) diz que “o conceito de Gestão do Ciclo de Vida do Produto (Product Lifecycle Management – PLM) surge com a proposta de organizar o fluxo de informações e os procedimentos inerentes à gestão de produto”. Fachinello e Cunha (2004, apud Garetti et al. (2002)), conceitua PLM como a “capacidade de gerenciar, coordenar e executar todas as atividades de engenharia e gerenciamento durante todo o ciclo de vida do produto, para entregar o produto final com o melhor custo de aquisição e utilização”.
Deste modo, Fachinello e Cunha (2004, apud Horta e Rozenfeld (2001)), dizem que “com a consolidação da Internet como novo ambiente de negócios, esta nova abordagem orienta-se à gestão efetiva do produto durante todo o seu ciclo de vida, desde o gerenciamento do portfólio de produtos da empresa, passando pela geração, desenvolvimento e estruturação do conceito em ambientes colaborativos, pela gestão das mudanças de produto, chegando até a obsolescência e descarte do mesmo”.
Além disso, Fachinello e Cunha (2004) citam John Stark Associates (2003), afirmando que “os provedores de softwares tem vindo a propor soluções ainda de baixo grau de integratividade, o que impede as empresas de conectarem suas ferramentas e ambientes correntemente em uso. Adicionalmente, a empresa que adquirir uma solução de PLM de um fornecedor específico fica obrigada a conviver com a prestação dos serviços de implementação da modelagem e manutenção do sistema, o que pode ser uma opção economicamente inviável”.
A criação de silos de aplicativos internos e a pobre troca de dados – e consequentemente informações – entre empresas, traz à vista dos diretores de tecnologia a necessidade da integração de dados. Os CIOs têm notado que um hub de integração de aplicativos como uma plataforma está faltando em seu portfólio de aplicativos, que não irá apenas integrar seus aplicativos isolados internos, mas também integrar aplicativos de parceiros de forma transparente; e estão buscando suprir esta necessidade. Especialmente na era do Big Data, a necessidade por uma plataforma de integração de dados é altamente enfatizada.
Assim, deve-se entender os requisitos tanto do lado dos aplicativos internos como aqueles relacionados aos parceiros de negócios, e então buscar soluções de integração que atendam estes requisitos de forma rápida e com maior custo-efetivo. Além disso, deve-se procurar construir uma plataforma de integração que permita a adição veloz de novos parceiros, fácil manutenção e também flexível quanto à novos formatos de dados.
FACHINELLO, Tatiana; CUNHA, G. D. Uma abordagem para a Gestão do Ciclo de Vida do Produto (PLM). ENEGEP, Florianópolis, 2004.